sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lippy e Hardy

Dia desses aqui no trabalho alguem lembrou desse desenho Lippy e Hardy, mas especificamente da hiena hardy, pelo seu total pessimismo. Ela vivia repetindo "Oh dia, Oh céu, Oh Azar...isso não vai dar certo ! " e nada a animava.

E eu estava me sentindo assim, num desânimo total. Mas por mim do que por qualquer outra coisa, não fazia nada e me sentia a coitadinha, ja estava quase tomando posse da frase de hardy.

Então resolvi colocar um basta nisso, nunca fui de ser dependente de ninguem e não seria agora. Sentia que a vida estava passando e eu parada sem curtir nada, so esperando que alguem me convidasse. Odeio ter que me auto convidar, mas ja estou usando desse artificio, apelei. Outra coisa também é ficar mendigando a um a outro uma carona, uma companhia. Graças a Deus estou motorizada, nunca fiz e jamais farei agora.

Então o que faltava? Atitude! Sai do trabalho cedo, dia lindo, enfim chegou o verão, passei na livraria, comprei uma revista, entrei num café e tomei um capuccino com muffin de baunilha com calda de chocalate. Não precisei de ninguem pra curtir um fim de tarde maravilhoso.

Estava louca para assistir Avatar. Então fui comigo, oras! Melhor companhia não há. Amei o filme, não tinha assistido o desenho e gostei da ideia de ir ao cinema sozinha, escolher algo que realmente quero assistir sem ter que agradar alguem.

Nunca tinha visto uma peça de teatro. Minha mãe garante que quando criança assisti algumas, mas não fazia diferença porque não lembrava mesmo. Tinha assistido um monologo bem amador, interessante, mas ainda não era "a peça", assisti também uns stand up, que para mim também não tem muito a ver com teatro, seria melhor num restaurante ou bar. Um conceito que tenho sobre teatro.

Até que fui ao Santa Isabel, um dos mais lindos teatros do pais, parecia uma criança, encantada com a arquitetura. Ja tinha ido antes mas toda vez fico assim. Subi quatro andares, cheguei em cima da hora e comprei o ingresso de um cambista pois ja tinha se esgostado. So la em cima que descobri que havia  elevador.

O barbeiro de servilla, uma ópera, seria uma grande "estréia" minha no teatro. O cenário e alguns personagens eram em desenho, mas acredito que não ficou devendo em nada para os que tem de verdade. Toda peça é cantada, eu sei que é lógico isso por ser uma ópera mas não sabia. E as músicas são todas em italiano, uma lingua que sou apaixonada, então imagina como fiquei. Tinha um telão que traduzia, mas nem precisava.

A história se trata da busca do Conde de Almaviva por Rosina seu grande amor, o problema que Don Bartolo seu malvado tutor quer se casar com ela. Figaro, um barbeiro que sabe sobre tudo da cidade, se propõe a ajuda-lo. Porem esse barbeiro tem umas ideias loucas e atrapalha mais do que ajuda. Por fim tudo dar certo e o conde se casa com Rosina.

Não satisfeita voltei ao cinema sozinha e agora para assistir Tropa de Elite 2. Fantastico! Sem comentário para Wagner Moura, atuação perfeita. Não entrarei em detalhes mas enquanto alguns riam e aplaudiam em algumas cenas, eu estava enjoada, passando mal mesmo, não havia cenas fortes como no primeiro, o roteiro tá excelente e realmente merece um oscar. Mas assisto aos jornais e tenho boa memória, impossivel não lembrar de fatos, dos PMs como alvos mortos aos montes a cada dia, Tim Lopes.

Agora quero assistir a outros espetaculos, ir a muitos lugares, ir mais ao cinema. Acompanhada ou sozinha, irei curtir a vida da melhor forma possivel. Virei o leão Lippy.

Um comentário:

  1. Perfeito o texto...
    Qdo chega-se a esse nível de independência, ngm segura hehe :D

    Parabéns Lippy! Belo texto.

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