Ontem, depois de um dia normal de trabalho. Uma chuva fina que caia, não quis pegar a sombrinha. Dexei-a guardada na bolsa. Fui curtindo a noite calma e fria.
O onibus chegou logo na minha parada, gostei da minha sorte, normalmente ele demora para passar, mas mal sabia eu que ela ainda me presentearia novamente, pois os onibus que costumam circular pelas bandas de cá são articulados, mais conhecidos como sanfonas, esses geralmente tem três portas e as de desembarque ficam uma após o cobrador, isto é, ainda no início e outra na traseria, bem no final e é aberta apenas nos terminais.
As pessoas assim que entram costumam se posicionar na primeira porta de desembarque causando um tumulto, dando impressão que o onibus esta lotado, imagine atrevessar essa multidão amontoada com o onibus em movimento, muitas vezes nem me atrevo, fico por ali mesmo causando mais tumulto. Porém ontem eu quis e fui, para a minha surpresa havia uma cadeira disponivel na penultima fileira.
Como minha parada é uma das últimas do centro, se o onibus não estiver lotado ao passar por ela, lotará em seguida, tirando a parte que expliquei sobre o tulmuto na porta, ele fica realmente lotado. E desse modo aconteceu, reparei que três fileiras a frente havia um homem bem bonito e eu tenho um péssimo vício de fitar, não é apenas olhar, adimirar, não. Eu fico muito tempo olhando, podia parecer que estava paquerando o indivíduo, mas eu estava apenas admirando sua beleza, faço isso com qualquer coisa. Inclusive com pessoas.
Porém acho que ele reparou e começou a me encarar também, quando eu percebi já era tarde, com certeza ele pensou que eu o estava paquerando, bem nesse momento o onibus passou por uma rua cheia de buracos, dando um friozinho na barriga que nem montanha-russa, tentei segurar um riso, mas também acho que ele reparou, juntando o risinho e o tempo que estava olhando para ele, até eu concluiria isso.
Ele começou a ri e veio andando em minha direção, fiquei sem ação, o que eu iria fazer? Nunca tinha paquerado assim, nem sabia o que iria falar se ele tentasse conversar. Ele para bem do meu lado e tira a mochila que estava em suas costa. Fiquei vermelha na hora, pensando que ele ia me dar para segurar, assim como se nos conhecessemos. De repente ele senta na fileira atras de mim e na verdade ele tava olhando para a mulher que estava sentada e colocou sua filha no colo para que liberasse o assento para ele, acho que ele riu quando a viu chamando.
Ah! Essa minha imaginação de vez em quando me pregando uma peça.
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